quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Dinheiro público teria sido usado para aumentar "bumbum" de mineira

Não será tarefa das mais difíceis encontrar a beneficiária de um atendimento especial da Prefeitura de Itau de Minas. Com a concordância do prefeito e da Secretaria Municipal, uma moradora cujo nome vem sendo mantido em sigilo, recebeu próteses dos glúteos. O motivo da benesse é um mistério, mas especula-se que o secretário, o prefeito ou mesmo algum "grandão" da cidade tivesse interesse direto no destino do presente. Saiba mais. A Promotoria do Patrimônio Público de Pratápolis (MG) investiga o uso do dinheiro público da Secretaria de Saúde de Itaú de Minas (MG) para pagar uma cirurgia de estética para aumento dos glúteos de uma moradora do município. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Publico de Minas Gerais, a denúncia foi feita por um morador de Itaú de Minas e recebida no dia 15 de março deste ano. Um inquérito civil foi aberto para a investigação. O levantamento aponta que uma moradora da cidade teria recebido R$ 2,9 mil da Secretaria de Saúde para custear parte do procedimento estético realizado novembro de 2012 em uma clínica de Ribeirão Preto (SP). Segundo a investigação, o repasse teria sido assinado pela atual secretária de Saúde de Itaú de Minas, Elda Teixeira Pereira, no último ano, ainda na gestão do ex-prefeito Jorge Lopes de Morais.

A nota de empenho do Ministério Público aponta que o procedimento foi justificado nas contas da prefeitura como "ajuda financeira para tratamento de saúde de paciente". Há informações de que o pagamento foi realizado em cheque e depositado na conta da paciente em dezembro do último ano. 

A cirurgia plástica para aumento do bumbum teria custado R$ 9,7 mil, segundo atestado de saúde assinado pelo médico responsável pelo procedimento. Nesta fase, o Ministério Público ouve as pessoas envolvidas e analisa documentos pedidos à Secretaria de Saúde.

Ainda de acordo com o Ministério Público, o uso do dinheiro público para fins particulares e estéticos é crime. Caso haja indícios de que o dinheiro foi gasto de forma ilegal, a pessoa responsável pela autorização da liberação dos recursos pode ser responsabilizada e ter que ressarcir os cofres públicos. Dependendo da gravidade da denúncia, pode existir uma ação de improbidade administrativa e a suspensão dos direitos políticos dos responsáveis.

A secretária de Saúde Elda Teixeira Pereira foi procurada pela reportagem do G1 e não quis comentar sobre o caso. "Toda documentação e informação referente a este caso foi repassada para o Ministério Público. Não vamos falar nada a respeito disso", disse.

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